Antes de qualquer coisa, devo parabenizar a Milla Sebos por
este grande evento que foi realizado no dia 25 de agosto. A cidade e a região
precisa atrair os seus cidadãos com diversos tipos de cultura e música. O
evento não só teve como foco os discos clássicos do Rock desde suas origens e
vertented, teve presença do ilustre Dr. Rock, responsável para cuidar da saúde
do rock na região, ficou orientando os clientes que apareciam e passando a
receita certa para não sair prejudicado. A loja Rock Shot, da região do ABC, especializada
em moda alternativa e de acessórios dentro do mundo do rock n’ roll, se
prontificou na venda de camisetas. A Lemi Records & Comix que, além de Lp’s,
se concentra na venda de Singles, Mangás e Quadrinhos nacionais e importados. E
também da VinyLimpo, que sempre da um trato no disco pra deixa-lo novamente
novinho em folha. Os
comes e bebes ficou por conta da Lig Choop Germânia Mauá, que teve salgadinhos
e cerveja a vontade, tudo de graça.
Logo abaixo, uma entrevista bem descontraída com o Dr. Rock (Marcos
Sptizer), que nos atendeu com muito carinho. Já teve programa no canal 45 (UHF),
mais conhecido como Rede Brasil. Apresentou vários eventos não só na região, mas
também nos diversos cantos do estado. No bate-papo a seguir, ele fala sobre
suas coleções de discos, entrevistas ilustres com os grandes nomes do Rock
nacional, televisão e dos planos para o futuro. E um bate-bola bem dinâmico. Arraste
a cadeira e acomode-se, leitor...
Primeiramente quero agradecer você pela entrevista. Para
quem não sabe, ou nunca ouviu, apresentesse um pouco da sua pessoa para os Leitores.
Dr. Rock: Bom... eu sou o Dr. Rock, divulgador de rock de todos os
tempos e estilos. Eu vou desde o Rockabilly, Psychobilly, Hard Rock, Rock N' Roll,
Thrash Metal, Heavy Metal, Rock Gothico até as últimas vertentes do rock. Tive
um programa de TV no canal 45 (UHF), em São Caetano do Sul, hoje Rede Brasil. Foram 103
programas na madrugada da 00h30 à 01h30 da manhã, sempre voltados ao rock: colocando
vídeos, música e levando bandas indenpendentes e bandas conhecidas. Eu tive
como convidados ilustres nessa época o Marcelo Nova e Johnny Boy, fiel escudero
dele; eu estive com o Sergio Hind, do O Terço, junto com o Marcus Roberts. Também
estive com a dupla da Jovem Guarda, Deny e Dino, que é muito difícil; The
Jordans, que faz rock instrumental e entre várias outras bandas. E depois
passei mais 45 programas nas partes da tarde (17h00 às 18h00), onde também era
o mesmo estilo e que só era exibido nos sábados. O anterior era de segunda a
sexta feira (ao vivo), que também era da 00h30 até 01h30. No sábado, também, eu
tive as presenças de Tony Campello, Patrulha do Espaço, Paulo Zinner Rockestra
e várias outras bandas indenpendentes. Sempre voltados ao mundo do rock.
Obviamente, eu sei que muitos fizeram essa pergunta pra você
não sei tantas vezes e que não cansa de respondelas... Me conte como foi o seu
primeiro contato com a música?
Dr. Rock: O meu primeiro contato foi em 1973, quando morava em São Bernado do Campo. A
gente fazia trabalho de escola, quando eu estudava no Dr. José Fornari na Vila
Baeta Neves, onde grupos de amigos se reunia pra fazer trabalho escolar. Aconteceu
o seguinte, a gente ficava ouvindo rádio, que na época só existia a rádio
Excelsior e a Difusora, e ficavamos a madrugada toda ouvindo música. E a partir
dai eu me apaixonei e fui começando a ir atrás de música, que na época era Pop
Rock, Rock N' Roll e de algumas coisas nacionais, isso foi quando eu tinha 13
anos, por volta de 1971. E depois disso não parei mais.
Em qual momento percebeu que você estava se tornando de um
simples fã de rock a um grande coleciador de discos?
Dr. Rock: Isso começou a partir de 1986 quando
conheci uma loja em São
Caetano do Sul, que muita gente conhece, chamada Rick N' Roll,
do Ricardo Martins, onde fazia campeonato de topete. E eu trabalhava numa loja
como comerciante e, quando esquentava a cabeça, eu ia à loja para ver alguns
discos e esquecer os problemas. E lá tinha muita raridade! Naquela época tinha
loja, tinha dinheiro e dava pra gastar, não sei se pode dizer assim, porque não
era tão caro. E conheci coisas que eu não sabia através dessa loja, a Rick N' Roll.
E observei os LP's e começei a comprar, e tudo o que era raridade ou coisas
difíceis o RM foi passando pra mim. Em cima disso, eu fui atrás de outros
cantores que não conhecia e também de outras bandas que nunca tinha ouvido
falar e que acabei me acostumando e, a partir dai, começei a pesquisar mais
sobre eles. Foi entre 1985/1986 que eu não parei mais de comprar discos até
hoje, aonde eu me tornei um colecionador de verdade.
Matando a minha curiosidade e dos
leitores, você já contou quantos discos que tem no seu acervo músical?
Dr. Rock: Antes de começar com a feira do
vinil, alguns eu comprava pela capa, alguns eu comprei repetido -, porque eu
não tinha controle -, alguns eu ganhei... Mas hoje eu tenho por volta de mais
ou menos 3. 000 vinis, 300 compactos e mais ou menos uns 1.200 CDs.
Destes itens, quais os mais raros
você possui?
Dr. Rock: Os mais raros que eu possuo são
aqueles de artistas dos anos 50/60, como por exemplo: Bobby Darin, Johnny
Burnnete, Elvis Presley, Roy Orbisson, Carl Perkins, Jerry Lee Lewis, Chuck
Berry e outros percussores do Rock. Esses LP's importados são os mais difíceis
de achar. Tem outro também e que muita gente não conhece é o Johnny Horton. Então
esses são os mais raros porque, além de serem importados, é difícil. Só pessoas
que vão no 'roots' do rock, que seria a raiz do rock. Eu considero esse os mais
raros, tem alguns dos anos 70 também, mas esses a gente encontra em feira de
vinil. Esses dai, inclusive, eu não ponho a venda.
Dr. Rock: Não, basicamente é isso ai. Eu com
relação a vitrolas, guitarras e entre outras coisas, não. Só LP's mesmo! E se
eu acho alguma coisa interessante de CD's, porque muitos já não tão reeditando,
eu compro. É mais nessa area músical que eu tenho a coleção.
O Rock é um estilo que abrange muita
gente, fazendo com que se torne o melhor genêro de música que existe. Você
lembra qual foi o seu ponto inicial dentro do Rock?
Dr. Rock: O meu ponto inicial foi quando
trabalhava em uma escola de Datilografia, na época que eu ainda não era Office
Boy e nem registrado. E com meu primeiro dinheirinho eu fui comprar um compacto.
Não dava pra comprar LP, porque naquele tempo não tinha dinheiro. O meu
primeiro compacto, que foi o 'big bang' da minha coleção, foi o do Lee Jackson,
conjunto nacional. Nos anos 70 tinha muitos brasileiros que cantavam em
americano, como Mark E. Davis, Fábio Jr. e por ai vai. Então, o primeiro foi o
Lee Jackson, depois foi o Folhas (My Stake), que eu não sabia que era
brasileiro. E foi ai que não parei e foi 'big bang' da minha coleção.
Qual disco você considera o mais
raro de sua coleção?
Dr. Rock: O mais raro que eu considero é o do
Johnny Burnnete, rockabilly dos anos 50. Era aquele rockabilly bem pulsante. E
já me quisseram comprar, mas não deram o valor que acho que deva ser. E também
não fiz muita questão de vender (risos), fico meio-a-meio.
Todo fã de rock sonha em chegar numa
loja e torrar toda a sua grana comprando discos. Você já fez alguma loucura
parecida com essa?
Dr. Rock: Sim, já fiz. E se você tiver um
dinheirinho e ver alguma coisa compre, porque se você não comprar você se
arrepende depois. Eu já paguei um bom valor em vários LP'S que eu
gostava, mas só que voltados ao anos 60 que são meios caros. E eu aconselho: se
você viu algum LP e ficou louco pega, porque você não vai achar mais. Eu me
arrependi de não comprar e nunca mais achei.
Lógico que todo colecionador, como
você, tem aqueles que chamamos de "discos favoritos". Tem como eleger
um Top 10 dos seus álbuns favoritos para os leitores?
Dr. Rock: Eu vou colocar uns dos Top 10 uma
banda canadense, que é dos anos 70, o Bachman-Turner Overdrive. Tenho toda
coleção deles em LP. Adoro
o Randy Bachman. Ele volto agora como Bachman & Turner, que são só o Randy
Bachman e o Fred Turner, mas o que trás muitas saudades dos anos 70 é o BTO e
entre várias outras. Quando eu me lembro dos anos 70 e do meu dinheirinho pra
gastar, todo LP que saia do BTO eu ia lá e comprava.
Você a chegou a ver o novo DVD deles?
Dr. Rock: Ainda não cheguei a ver o DVD, o
que tenho em casa é um VHS, mas só que antigo, porque na realidade o BTO era o
The Guess Who, que tinha a música Desire.
O DVD se chama Live At The Roseland
Ballroom Nyc, gravado em 2010.
Dr. Rock: Por isso que falo: "no rock a
gente sempre tá aprendendo". E agora eu vou atrás desse DVD porque você me
falou (risos).
Um disco que você morre de inveja e
que não venderia em troca de nada?
Dr. Rock: Ainda volto nesse do Johnny
Burnnete, porque é difícil de procurar. Sei que estavão pedindo 180 reais do
compacto de uma música dele, então acredito que um LP importado dele deva valer
uns 300 ou 400 reais. É difícil quem da... Por isso prefiro ficar com ele, porque
tenho certeza que se eu vender ele não vou achar outro.
Mudando de assunto... conte como
começou a sua trajetoria dentro da TV?
Dr. Rock: Eu trabalhava atrás das câmeras de
um programa chamado Rick Play, onde esse rapaz tinhas os discos onde e eu ia
buscar. Ajudava na produção do programa, porque ele sabia que eu gosto de rock
e ele também. E a partir dai me conheceram no canal 45 (UHF) que seria do
falecido prefeito João Luiz de Almeida Tortorelli, da Rede Brasil, e que também
não tem mais a Rede Brasil hoje, ela serve São Caetano do Sul. E por intermédio
do Rick, a direção do programa me conheceu. E o que aconteceu, quando acabo o
programa dele, eles quiseram fazer um programa de rock e lembrou-se de mim. E
eu não tinha feito programa de TV na frente das câmeras. Ai falaram se eu
queria fazer um programa de rock, que seria só de quarta feira, mas voltado
para rock antigo e não pro pesado. Apesar que eu intercalo com o rock pesado
também, como heavy Metal, thrash Metal e hardcore. Ai eu falei: "sem
problema nenhum, vou fazer o programa". Na quarta ia estar eu, depois ia
ter pagode, sertanejo, heavy Metal e um de samba. E nenhum deu certo! E dizeram
pra mim: "você não pode fazer a semana inteira?" bom, eu não vou
perder essa boquinha e começei a fazer toda semana e foi um sucesso, com o Dr. Rock!
Além disso você já conversou com
várias figuras do Rock Nacional. Quem são eles e qual foi a mais divertida e a
pior?
Dr. Rock: Pior não teve nenhuma, foi tudo
somatoria. A melhor, e a que eu tremi um pouquinho, foi a do Marcelo Nova (Camisa
de Vênus), a minha maior audiência! Uma hora ao vivo tocando e conversando. Não
conhecia ele pessoalmente e ele me trato super bem. O Marcelo Nova não tem
papas na lingua! Se você pisou na bola com ele, tchau tchau. E no fim nos
ficamos colegas, e não amigos. Eu também gostei muito de entrevistar o Patrulha
do Espaço. O Junior é um dos melhores bateristas do Brasil; Segio Hinds, do
Terço, que é uma pessoa super humilde; Tony Campello, que é o pai do Rock
nacional e que deu muito sucesso. Pior não teve ninguém, sempre fui muito bem
tratado e por sorte, até hoje, com 13 anos de Dr. Rock, nunca tive problema. Só
felicidade em entrevistar esse pessoal.
O senhor tem um sonho de entrevistar
alguma lenda do Rock internacional? Quem o seria?
Dr. Rock: Seria o Randy Bachman (Bachman-Turner
Overdrive), porque é uma banda que marco muito e marco minha pessoa. Alguns
estão esquecendo deles. Eu tenho até, inclusive, um LP solo do Randy Bachman. Se
fosse possível, queria entrevistar o Randy Bachman.
Você que é morador do grande ABC a
muitos anos, fale um pouco da atual cena roqueira da região, já que eu só conheço
a banda Necromancia, que faz Heavy Metal, e o Nitrominds, com mistura de Metal
Punk?
Dr. Rock: Os integrantes dessas bandas são
todos meus brothers. O André é um batalhador, sem dispensar o Índio, Kiko, Roberto
Fornero, Lalo o Edu... são todos batalhadores, mesmo; Inclusive eu os
apresentei no aniversário de São Bernado do Campos (459 anos), que teve no
último dia 18 de agosto. Outros brothers são os rapazes do Ação Direta, que é
muito legal. É o trio de bandas que não tem defeito nenhum. E já que você me
pergunto sobre a atual cena do ABC, vamos direto ao assunto: a cena está fraca
aqui no ABC, falta oportunidade para as bandas tocarem, no sentido de espaço e
que devem valorizar. Dizem que o ABC é o berço do rock? Mas não tem nada! Então
esse bebê tá dormindo. Está faltando espaço de todas as prefeituras, que são 7
cidades: Santo André, São Bernado do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão
Pires e Rio Grande da Serra - quando você fala ABC muitos lembram que é o berço
do rock. Então cabe as prefeituras a darem mais valor nas bandas, principalmente
as bandas daqui mesmo e dos municipios. Tá precisando formentar, porque o
pessoal tá disânimando e tem bandas acabando. E o certo é dar uma cutucada nas
prefeituras e valorizar, porque são bandas que paga I.P.T.U e temos que dar
valor a elas. Pode ser umas de fora também, sem problemas. Mas, primeiramente, valorizar
o alto estima das bandas de seu município.
E já que eu toquei no assunto 'cena',
como você avalia as bandas que estão surgindo agora? Já que, logo logo, bandas
como AC/DC, Black Sabbath, Deep Purple, Iron Maiden, Motörhead, Judas Priest e
Scorpions vão encerrar as atividades.
Dr. Rock: Essas bandas falam que vão encerrar,
depois voltam, mas elas vão encerrar um dia. Os fãs falam que um dia vão acabar
e, em seguida, acabam voltando, mas vai chegar uma hora que vai acabar mesmo. É
que os fãs pedem e eu acho bacana isso. As banda de hoje em dia, realmente, eu
curto muito pouco. Vejo pela MTV as novidades, porque de rádio só temos a Kiss
Fm (102,1 FM) que sempre toca muito a mesma coisa. Na minha opinião, eles devem
mudar um pouco da sua programação. De rádio eu só ouço a Kiss Fm, mesmo. Dentro
dessa questão que você citou, o que eu colocaria é o seguinte: eu tô curtindo
pouco essas bandas, porque eu sei que elas começam e acabam logo. Então nem da
pra saber, às vezes, que um baterista ou guitarrista já mudou. É muita questão
de ego e de dinheiro. Têm, claro, muitas bandas boas, como por exemplo: o The
Killers. Gosto dessa garotada nova, mas não vejo elas com muita longevidade e
por isso não fico muito atrás delas para colecionar máterial. Já que, agora, são
mais CD's. Alguns, talvez, produzem e fazem LP's e só vendem no exterior, mas
eu não tô acompanhando muito porque estou achando muito volátil e derepente, a
qualquer momento, acaba. E se fizer sucesso, parabéns.
Hoje, atualmente, estamos
numa época em que acontece vários shows internacionais não só na Capital
Paulista, mas também no Brasil todo. O que era complicado a 20 anos atrás para
trazer os grandes nomes do Rock Internacional?
Dr. Rock: A única coisa que era complicado
naquele tempo era a divulgação, porque não tinhamos meios de comunicação e
redes sociais para facilitar todo o andamento. Muita gente só conhecia as bandas
pelo nome e nos rádios, já que não tinha vídeo e outros tipos de mídia. E a
questão do dólar, que era muito alto. Era inviável trazer esses grandes nomes
em nosso território. O ponta-pé inicial foi o Rock In Rio, que foi onde começo
tudo. Hoje já é um pouco mais fácil por conta dos países que tem um baixo poder
aquisitivo. Aqui, não é que esteja uma maravilha, ainda tem mercado pra
trabalho, claro que elas vem a pedido dos fãs e, também, pra ganhar dinheiro. No
passado era muito difícil: transporte, dólar em alta e a questão da divulgação,
que muitos acham ser fácil e que precisa fazer em masa para saber que a banda está vindo. Hoje
já da pra fazer pelas redes sociais, TV, MTV, Rádios/Web-Radios, Internet... isso
é o que chamamos de "espalha braza!" Fico mais fácil, antigamente não
tinhamos esses recursos.
Downloads, MP3 e
internet dificulto grandes bandas e gravadoras nos últimos anos. Você acha que
para solucionar esse problema é abaixando os preços dos CD/DVD?
Dr. Rock: Sim, teria que abaixar bem o preço
do CD/DVD, claro que depende muito do governo pra poder abaixar os impostos. As
gravadoras vão querer ganhar muito. Só que a gente tem que preservar o direito
autoral. Se não abaixar os preços, realmente vai continuar a pirataria e os
downloads. E eu vejo, daqui pra frente, que as bandas vão começar ganhar
dinheiro somente em shows.
Essa questão de vender as coisas por ai não é porque a
meninada só tá no pendrive, mp3, mp4 e as vendas dos CD's caindo. As outras
mídias é, claro, vão determinar um pouquinho a venda, mas isso é uma tendencia
e não tera como reverte, mesmo abaixando os preços. O correto é as bandas
divulgar os seus trabalhos tocando ao vivo e mostrando na raça o que sabem
fazer.
O que você esta
achando da "Feira do Disco" aqui na Milla Sebo?
Dr. Rock: É a minha primeira vez, eu conheci
a Milla e a Shirley já alguns meses atrás. To gostando, estou me sentindo a
vontade, trouxe os meus LP's... Aqui todo mundo é amigo, vale a pena conhecer, tem
muita coisa boa. E pra mim é uma grande satisfação! Como é meu primeiro dia, e
se me convidarem novamente, eu venho a qualquer hora. Nota mais que 10 para
Shirley e a Milla pelo estabelecimento e todos que estão envolvidos por aqui, não
além de mim também. Estou expondo e vendendo alguns discos, claro que alguns da
minha coleção eu não vou colocar por enquanto. Mas eu não daria uma nota não 10,
daria nota 12 para a Milla Sebos.
Para encerrar essa
primeira parte da entrevista, quais são os seu planos daqui pra frente?
Dr. Rock: Eu ainda pretendo retornar pra TV, deixando
bem claro que agora só tem a EcoTV, que faz Santo André, São Bernado do Campo, Diadema
e Mauá pela NET. E a única que quiser bancar pra mim fazer um programa
colocando discos. Eu queria colocar só LP e trazer bandas no programa, ainda
não desisti desse sonho. Apesar que, às vezes, disanima! O cara que disanima
ainda me convidam para eventos, não tem jeito. A minha intenção é retornar pra
TV porque eu gosto, dentros de uns custos razoaveis ou sem pagar nada. Quem é
picado por uma TV ou Rádio não consegue viver mas sem TV.
Não sei se você
conferiu... há um bom tempo saiu um novo programa na TV+ (Canal 14 - NET) que
abrange o entreterimento da música pesada que se chama Maloik. Você chegou a
assistir o programa?
Dr. Rock: Sim, começa toda terça feira
faltando 2 minutos para meia noite (2 Minutes To Midnight). Tudo que acontece
no mundo do Rock, eu acompanho. Que nem eu falei: "eu vou do Rockabilly
até o pesado!" O Maloik é uma grande escolha, já cheguei a assistir. Acabou
de completar 6 meses no ar, que vai no canal 14, pra ser exato. É que eu dei
uma entrevista na segunda feira (19/09) no programa Show+, do Darcio Arruda que,
inclusive, dentro desse programa, teve uma chamada do Maloik. Achei muito legal.
E tomara que dê certo, porque a gente tá precisando seriamente de programas
aqui na região do ABC. Se o pessoal do Maloik precisar de mim, estou a inteira
disposição.
A equipe do programa
chegou a convidar você pro quadro Hellraiser?
Dr. Rock: Até o momento, não. Se o pessoal me
chamar, eu vou lá para agregar mais, porque nós, roqueiros, temos que se unir. Se
nós não unirmos, a gente não vai levantar a bandeira. O rock está em baixa, realmente,
e devemos levantar a bandeira no seu mais alto possível. Estou a inteira
disposição do Maloik.
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