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30 de ago. de 2012

Entrevista com o Dr. Rock (Parte 1)


Antes de qualquer coisa, devo parabenizar a Milla Sebos por este grande evento que foi realizado no dia 25 de agosto. A cidade e a região precisa atrair os seus cidadãos com diversos tipos de cultura e música. O evento não só teve como foco os discos clássicos do Rock desde suas origens e vertented, teve presença do ilustre Dr. Rock, responsável para cuidar da saúde do rock na região, ficou orientando os clientes que apareciam e passando a receita certa para não sair prejudicado. A loja Rock Shot, da região do ABC, especializada em moda alternativa e de acessórios dentro do mundo do rock n’ roll, se prontificou na venda de camisetas. A Lemi Records & Comix que, além de Lp’s, se concentra na venda de Singles, Mangás e Quadrinhos nacionais e importados. E também da VinyLimpo, que sempre da um trato no disco pra deixa-lo novamente novinho em folha. Os comes e bebes ficou por conta da Lig Choop Germânia Mauá, que teve salgadinhos e cerveja a vontade, tudo de graça.

Logo abaixo, uma entrevista bem descontraída com o Dr. Rock (Marcos Sptizer), que nos atendeu com muito carinho. Já teve programa no canal 45 (UHF), mais conhecido como Rede Brasil. Apresentou vários eventos não só na região, mas também nos diversos cantos do estado. No bate-papo a seguir, ele fala sobre suas coleções de discos, entrevistas ilustres com os grandes nomes do Rock nacional, televisão e dos planos para o futuro. E um bate-bola bem dinâmico. Arraste a cadeira e acomode-se, leitor... 
                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                    
Primeiramente quero agradecer você pela entrevista. Para quem não sabe, ou nunca ouviu, apresentesse um pouco da sua pessoa para os Leitores.

Dr. Rock: Bom... eu sou o Dr. Rock, divulgador de rock de todos os tempos e estilos. Eu vou desde o Rockabilly, Psychobilly, Hard Rock, Rock N' Roll, Thrash Metal, Heavy Metal, Rock Gothico até as últimas vertentes do rock. Tive um programa de TV no canal 45 (UHF), em São Caetano do Sul, hoje Rede Brasil. Foram 103 programas na madrugada da 00h30 à 01h30 da manhã, sempre voltados ao rock: colocando vídeos, música e levando bandas indenpendentes e bandas conhecidas. Eu tive como convidados ilustres nessa época o Marcelo Nova e Johnny Boy, fiel escudero dele; eu estive com o Sergio Hind, do O Terço, junto com o Marcus Roberts. Também estive com a dupla da Jovem Guarda, Deny e Dino, que é muito difícil; The Jordans, que faz rock instrumental e entre várias outras bandas. E depois passei mais 45 programas nas partes da tarde (17h00 às 18h00), onde também era o mesmo estilo e que só era exibido nos sábados. O anterior era de segunda a sexta feira (ao vivo), que também era da 00h30 até 01h30. No sábado, também, eu tive as presenças de Tony Campello, Patrulha do Espaço, Paulo Zinner Rockestra e várias outras bandas indenpendentes. Sempre voltados ao mundo do rock.

Obviamente, eu sei que muitos fizeram essa pergunta pra você não sei tantas vezes e que não cansa de respondelas... Me conte como foi o seu primeiro contato com a música?

Dr. Rock: O meu primeiro contato foi em 1973, quando morava em São Bernado do Campo. A gente fazia trabalho de escola, quando eu estudava no Dr. José Fornari na Vila Baeta Neves, onde grupos de amigos se reunia pra fazer trabalho escolar. Aconteceu o seguinte, a gente ficava ouvindo rádio, que na época só existia a rádio Excelsior e a Difusora, e ficavamos a madrugada toda ouvindo música. E a partir dai eu me apaixonei e fui começando a ir atrás de música, que na época era Pop Rock, Rock N' Roll e de algumas coisas nacionais, isso foi quando eu tinha 13 anos, por volta de 1971. E depois disso não parei mais.

Em qual momento percebeu que você estava se tornando de um simples fã de rock a um grande coleciador de discos?

Dr. Rock: Isso começou a partir de 1986 quando conheci uma loja em São Caetano do Sul, que muita gente conhece, chamada Rick N' Roll, do Ricardo Martins, onde fazia campeonato de topete. E eu trabalhava numa loja como comerciante e, quando esquentava a cabeça, eu ia à loja para ver alguns discos e esquecer os problemas. E lá tinha muita raridade! Naquela época tinha loja, tinha dinheiro e dava pra gastar, não sei se pode dizer assim, porque não era tão caro. E conheci coisas que eu não sabia através dessa loja, a Rick N' Roll. E observei os LP's e começei a comprar, e tudo o que era raridade ou coisas difíceis o RM foi passando pra mim. Em cima disso, eu fui atrás de outros cantores que não conhecia e também de outras bandas que nunca tinha ouvido falar e que acabei me acostumando e, a partir dai, começei a pesquisar mais sobre eles. Foi entre 1985/1986 que eu não parei mais de comprar discos até hoje, aonde eu me tornei um colecionador de verdade.

Matando a minha curiosidade e dos leitores, você já contou quantos discos que tem no seu acervo músical?

Dr. Rock: Antes de começar com a feira do vinil, alguns eu comprava pela capa, alguns eu comprei repetido -, porque eu não tinha controle -, alguns eu ganhei... Mas hoje eu tenho por volta de mais ou menos 3. 000 vinis, 300 compactos e mais ou menos uns 1.200 CDs.

Destes itens, quais os mais raros você possui?

Dr. Rock: Os mais raros que eu possuo são aqueles de artistas dos anos 50/60, como por exemplo: Bobby Darin, Johnny Burnnete, Elvis Presley, Roy Orbisson, Carl Perkins, Jerry Lee Lewis, Chuck Berry e outros percussores do Rock. Esses LP's importados são os mais difíceis de achar. Tem outro também e que muita gente não conhece é o Johnny Horton. Então esses são os mais raros porque, além de serem importados, é difícil. Só pessoas que vão no 'roots' do rock, que seria a raiz do rock. Eu considero esse os mais raros, tem alguns dos anos 70 também, mas esses a gente encontra em feira de vinil. Esses dai, inclusive, eu não ponho a venda.

Você possui outros itens de coleção além CD's, LP's e DVD's?

Dr. Rock: Não, basicamente é isso ai. Eu com relação a vitrolas, guitarras e entre outras coisas, não. Só LP's mesmo! E se eu acho alguma coisa interessante de CD's, porque muitos já não tão reeditando, eu compro. É mais nessa area músical que eu tenho a coleção.

O Rock é um estilo que abrange muita gente, fazendo com que se torne o melhor genêro de música que existe. Você lembra qual foi o seu ponto inicial dentro do Rock?

Dr. Rock: O meu ponto inicial foi quando trabalhava em uma escola de Datilografia, na época que eu ainda não era Office Boy e nem registrado. E com meu primeiro dinheirinho eu fui comprar um compacto. Não dava pra comprar LP, porque naquele tempo não tinha dinheiro. O meu primeiro compacto, que foi o 'big bang' da minha coleção, foi o do Lee Jackson, conjunto nacional. Nos anos 70 tinha muitos brasileiros que cantavam em americano, como Mark E. Davis, Fábio Jr. e por ai vai. Então, o primeiro foi o Lee Jackson, depois foi o Folhas (My Stake), que eu não sabia que era brasileiro. E foi ai que não parei e foi 'big bang' da minha coleção.

Qual disco você considera o mais raro de sua coleção?

Dr. Rock: O mais raro que eu considero é o do Johnny Burnnete, rockabilly dos anos 50. Era aquele rockabilly bem pulsante. E já me quisseram comprar, mas não deram o valor que acho que deva ser. E também não fiz muita questão de vender (risos), fico meio-a-meio.

Todo fã de rock sonha em chegar numa loja e torrar toda a sua grana comprando discos. Você já fez alguma loucura parecida com essa?

Dr. Rock: Sim, já fiz. E se você tiver um dinheirinho e ver alguma coisa compre, porque se você não comprar você se arrepende depois. Eu já paguei um bom valor em vários LP'S que eu gostava, mas só que voltados ao anos 60 que são meios caros. E eu aconselho: se você viu algum LP e ficou louco pega, porque você não vai achar mais. Eu me arrependi de não comprar e nunca mais achei.  

Lógico que todo colecionador, como você, tem aqueles que chamamos de "discos favoritos". Tem como eleger um Top 10 dos seus álbuns favoritos para os leitores?

Dr. Rock: Eu vou colocar uns dos Top 10 uma banda canadense, que é dos anos 70, o Bachman-Turner Overdrive. Tenho toda coleção deles em LP. Adoro o Randy Bachman. Ele volto agora como Bachman & Turner, que são só o Randy Bachman e o Fred Turner, mas o que trás muitas saudades dos anos 70 é o BTO e entre várias outras. Quando eu me lembro dos anos 70 e do meu dinheirinho pra gastar, todo LP que saia do BTO eu ia lá e comprava.

Você a chegou a ver o novo DVD deles? 

Dr. Rock: Ainda não cheguei a ver o DVD, o que tenho em casa é um VHS, mas só que antigo, porque na realidade o BTO era o The Guess Who, que tinha a música Desire.

O DVD se chama Live At The Roseland Ballroom Nyc, gravado em 2010.

Dr. Rock: Por isso que falo: "no rock a gente sempre tá aprendendo". E agora eu vou atrás desse DVD porque você me falou (risos).

Um disco que você morre de inveja e que não venderia em troca de nada?

Dr. Rock: Ainda volto nesse do Johnny Burnnete, porque é difícil de procurar. Sei que estavão pedindo 180 reais do compacto de uma música dele, então acredito que um LP importado dele deva valer uns 300 ou 400 reais. É difícil quem da... Por isso prefiro ficar com ele, porque tenho certeza que se eu vender ele não vou achar outro.

Mudando de assunto... conte como começou a sua trajetoria dentro da TV?

Dr. Rock: Eu trabalhava atrás das câmeras de um programa chamado Rick Play, onde esse rapaz tinhas os discos onde e eu ia buscar. Ajudava na produção do programa, porque ele sabia que eu gosto de rock e ele também. E a partir dai me conheceram no canal 45 (UHF) que seria do falecido prefeito João Luiz de Almeida Tortorelli, da Rede Brasil, e que também não tem mais a Rede Brasil hoje, ela serve São Caetano do Sul. E por intermédio do Rick, a direção do programa me conheceu. E o que aconteceu, quando acabo o programa dele, eles quiseram fazer um programa de rock e lembrou-se de mim. E eu não tinha feito programa de TV na frente das câmeras. Ai falaram se eu queria fazer um programa de rock, que seria só de quarta feira, mas voltado para rock antigo e não pro pesado. Apesar que eu intercalo com o rock pesado também, como heavy Metal, thrash Metal e hardcore. Ai eu falei: "sem problema nenhum, vou fazer o programa". Na quarta ia estar eu, depois ia ter pagode, sertanejo, heavy Metal e um de samba. E nenhum deu certo! E dizeram pra mim: "você não pode fazer a semana inteira?" bom, eu não vou perder essa boquinha e começei a fazer toda semana e foi um sucesso, com o Dr. Rock!

Além disso você já conversou com várias figuras do Rock Nacional. Quem são eles e qual foi a mais divertida e a pior?

Dr. Rock: Pior não teve nenhuma, foi tudo somatoria. A melhor, e a que eu tremi um pouquinho, foi a do Marcelo Nova (Camisa de Vênus), a minha maior audiência! Uma hora ao vivo tocando e conversando. Não conhecia ele pessoalmente e ele me trato super bem. O Marcelo Nova não tem papas na lingua! Se você pisou na bola com ele, tchau tchau. E no fim nos ficamos colegas, e não amigos. Eu também gostei muito de entrevistar o Patrulha do Espaço. O Junior é um dos melhores bateristas do Brasil; Segio Hinds, do Terço, que é uma pessoa super humilde; Tony Campello, que é o pai do Rock nacional e que deu muito sucesso. Pior não teve ninguém, sempre fui muito bem tratado e por sorte, até hoje, com 13 anos de Dr. Rock, nunca tive problema. Só felicidade em entrevistar esse pessoal.

O senhor tem um sonho de entrevistar alguma lenda do Rock internacional? Quem o seria?

Dr. Rock: Seria o Randy Bachman (Bachman-Turner Overdrive), porque é uma banda que marco muito e marco minha pessoa. Alguns estão esquecendo deles. Eu tenho até, inclusive, um LP solo do Randy Bachman. Se fosse possível, queria entrevistar o Randy Bachman.

Você que é morador do grande ABC a muitos anos, fale um pouco da atual cena roqueira da região, já que eu só conheço a banda Necromancia, que faz Heavy Metal, e o Nitrominds, com mistura de Metal Punk?

Dr. Rock: Os integrantes dessas bandas são todos meus brothers. O André é um batalhador, sem dispensar o Índio, Kiko, Roberto Fornero, Lalo o Edu... são todos batalhadores, mesmo; Inclusive eu os apresentei no aniversário de São Bernado do Campos (459 anos), que teve no último dia 18 de agosto. Outros brothers são os rapazes do Ação Direta, que é muito legal. É o trio de bandas que não tem defeito nenhum. E já que você me pergunto sobre a atual cena do ABC, vamos direto ao assunto: a cena está fraca aqui no ABC, falta oportunidade para as bandas tocarem, no sentido de espaço e que devem valorizar. Dizem que o ABC é o berço do rock? Mas não tem nada! Então esse bebê tá dormindo. Está faltando espaço de todas as prefeituras, que são 7 cidades: Santo André, São Bernado do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra - quando você fala ABC muitos lembram que é o berço do rock. Então cabe as prefeituras a darem mais valor nas bandas, principalmente as bandas daqui mesmo e dos municipios. Tá precisando formentar, porque o pessoal tá disânimando e tem bandas acabando. E o certo é dar uma cutucada nas prefeituras e valorizar, porque são bandas que paga I.P.T.U e temos que dar valor a elas. Pode ser umas de fora também, sem problemas. Mas, primeiramente, valorizar o alto estima das bandas de seu município.

E já que eu toquei no assunto 'cena', como você avalia as bandas que estão surgindo agora? Já que, logo logo, bandas como AC/DC, Black Sabbath, Deep Purple, Iron Maiden, Motörhead, Judas Priest e Scorpions vão encerrar as atividades.

Dr. Rock: Essas bandas falam que vão encerrar, depois voltam, mas elas vão encerrar um dia. Os fãs falam que um dia vão acabar e, em seguida, acabam voltando, mas vai chegar uma hora que vai acabar mesmo. É que os fãs pedem e eu acho bacana isso. As banda de hoje em dia, realmente, eu curto muito pouco. Vejo pela MTV as novidades, porque de rádio só temos a Kiss Fm (102,1 FM) que sempre toca muito a mesma coisa. Na minha opinião, eles devem mudar um pouco da sua programação. De rádio eu só ouço a Kiss Fm, mesmo. Dentro dessa questão que você citou, o que eu colocaria é o seguinte: eu tô curtindo pouco essas bandas, porque eu sei que elas começam e acabam logo. Então nem da pra saber, às vezes, que um baterista ou guitarrista já mudou. É muita questão de ego e de dinheiro. Têm, claro, muitas bandas boas, como por exemplo: o The Killers. Gosto dessa garotada nova, mas não vejo elas com muita longevidade e por isso não fico muito atrás delas para colecionar máterial. Já que, agora, são mais CD's. Alguns, talvez, produzem e fazem LP's e só vendem no exterior, mas eu não tô acompanhando muito porque estou achando muito volátil e derepente, a qualquer momento, acaba. E se fizer sucesso, parabéns.

Hoje, atualmente, estamos numa época em que acontece vários shows internacionais não só na Capital Paulista, mas também no Brasil todo. O que era complicado a 20 anos atrás para trazer os grandes nomes do Rock Internacional?

Dr. Rock: A única coisa que era complicado naquele tempo era a divulgação, porque não tinhamos meios de comunicação e redes sociais para facilitar todo o andamento. Muita gente só conhecia as bandas pelo nome e nos rádios, já que não tinha vídeo e outros tipos de mídia. E a questão do dólar, que era muito alto. Era inviável trazer esses grandes nomes em nosso território. O ponta-pé inicial foi o Rock In Rio, que foi onde começo tudo. Hoje já é um pouco mais fácil por conta dos países que tem um baixo poder aquisitivo. Aqui, não é que esteja uma maravilha, ainda tem mercado pra trabalho, claro que elas vem a pedido dos fãs e, também, pra ganhar dinheiro. No passado era muito difícil: transporte, dólar em alta e a questão da divulgação, que muitos acham ser fácil e que precisa fazer em  masa para saber que a banda está vindo. Hoje já da pra fazer pelas redes sociais, TV, MTV, Rádios/Web-Radios, Internet... isso é o que chamamos de "espalha braza!" Fico mais fácil, antigamente não tinhamos esses recursos.

Downloads, MP3 e internet dificulto grandes bandas e gravadoras nos últimos anos. Você acha que para solucionar esse problema é abaixando os preços dos CD/DVD?

Dr. Rock: Sim, teria que abaixar bem o preço do CD/DVD, claro que depende muito do governo pra poder abaixar os impostos. As gravadoras vão querer ganhar muito. Só que a gente tem que preservar o direito autoral. Se não abaixar os preços, realmente vai continuar a pirataria e os downloads. E eu vejo, daqui pra frente, que as bandas vão começar ganhar dinheiro somente em shows. Essa questão de vender as coisas por ai não é porque a meninada só tá no pendrive, mp3, mp4 e as vendas dos CD's caindo. As outras mídias é, claro, vão determinar um pouquinho a venda, mas isso é uma tendencia e não tera como reverte, mesmo abaixando os preços. O correto é as bandas divulgar os seus trabalhos tocando ao vivo e mostrando na raça o que sabem fazer.

O que você esta achando da "Feira do Disco" aqui na Milla Sebo?

Dr. Rock: É a minha primeira vez, eu conheci a Milla e a Shirley já alguns meses atrás. To gostando, estou me sentindo a vontade, trouxe os meus LP's... Aqui todo mundo é amigo, vale a pena conhecer, tem muita coisa boa. E pra mim é uma grande satisfação! Como é meu primeiro dia, e se me convidarem novamente, eu venho a qualquer hora. Nota mais que 10 para Shirley e a Milla pelo estabelecimento e todos que estão envolvidos por aqui, não além de mim também. Estou expondo e vendendo alguns discos, claro que alguns da minha coleção eu não vou colocar por enquanto. Mas eu não daria uma nota não 10, daria nota 12 para a Milla Sebos.

Para encerrar essa primeira parte da entrevista, quais são os seu planos daqui pra frente?

Dr. Rock: Eu ainda pretendo retornar pra TV, deixando bem claro que agora só tem a EcoTV, que faz Santo André, São Bernado do Campo, Diadema e Mauá pela NET. E a única que quiser bancar pra mim fazer um programa colocando discos. Eu queria colocar só LP e trazer bandas no programa, ainda não desisti desse sonho. Apesar que, às vezes, disanima! O cara que disanima ainda me convidam para eventos, não tem jeito. A minha intenção é retornar pra TV porque eu gosto, dentros de uns custos razoaveis ou sem pagar nada. Quem é picado por uma TV ou Rádio não consegue viver mas sem TV.

Não sei se você conferiu... há um bom tempo saiu um novo programa na TV+ (Canal 14 - NET) que abrange o entreterimento da música pesada que se chama Maloik. Você chegou a assistir o programa?

Dr. Rock: Sim, começa toda terça feira faltando 2 minutos para meia noite (2 Minutes To Midnight). Tudo que acontece no mundo do Rock, eu acompanho. Que nem eu falei: "eu vou do Rockabilly até o pesado!" O Maloik é uma grande escolha, já cheguei a assistir. Acabou de completar 6 meses no ar, que vai no canal 14, pra ser exato. É que eu dei uma entrevista na segunda feira (19/09) no programa Show+, do Darcio Arruda que, inclusive, dentro desse programa, teve uma chamada do Maloik. Achei muito legal. E tomara que dê certo, porque a gente tá precisando seriamente de programas aqui na região do ABC. Se o pessoal do Maloik precisar de mim, estou a inteira disposição.

A equipe do programa chegou a convidar você pro quadro Hellraiser?

Dr. Rock: Até o momento, não. Se o pessoal me chamar, eu vou lá para agregar mais, porque nós, roqueiros, temos que se unir. Se nós não unirmos, a gente não vai levantar a bandeira. O rock está em baixa, realmente, e devemos levantar a bandeira no seu mais alto possível. Estou a inteira disposição do Maloik. 

Por Gabriel Arruda da Silva

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